QUANDO O AMOR PERSISTE
Na aurora das manhãs eu fui o sol
Que aos raios te banhava nos jardins...
Fui o cheiro das rosas, o girassol,
E tu eras o amor dentro de mim.
Foste silêncio, angústia de quem ama,
Palavras que jamais pensei ouvir...
E foste a minha dor, a mais insana
De toda dor que veio me invadir...
Contudo ainda procuro-te e aceno
Se passas frente a mim, em teus olhos lindos
Das fúrias do amor bebo o veneno...
Morrer é amar e ver o amor fugindo
De nosso sonho, ainda que sabemos
Que seja em nossa alma eterno e infindo.