QUANDO O AMOR PERSISTE

Na aurora das manhãs eu fui o sol

Que aos raios te banhava nos jardins...

Fui o cheiro das rosas, o girassol,

E tu eras o amor dentro de mim.

Foste silêncio, angústia de quem ama,

Palavras que jamais pensei ouvir...

E foste a minha dor, a mais insana

De toda dor que veio me invadir...

Contudo ainda procuro-te e aceno

Se passas frente a mim, em teus olhos lindos

Das fúrias do amor bebo o veneno...

Morrer é amar e ver o amor fugindo

De nosso sonho, ainda que sabemos

Que seja em nossa alma eterno e infindo.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 14/08/2014
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