A TESE E A ANTÍTESE

Somos assim dois sofismas diferentes

Onde a fusão atinge de repente

O axioma inconfundível do presente

Essência natural do ser e do não ser.

Febre de afeto que nos corrói a alma,

Razão cruel que nos obriga fenecer

Tais quais acéfalos de indômita verdade

Sentimento algoz que maltrata e ninguém vê.

Estamos juntos quando estamos sós,

Frio ferro a fustigar - me o ego,

Força abrasiva a corroer o amor.

Somos apenas a Tese e a Antítese

Quer no tempo de paz quer no de crise

Na síntese exata de extremado ardor.

CRS 18.05.07