SONETOS DA ESTRADA
SONETO I
Eu construí a minha estrada
Dos passos frios nos meus dias
Dos sonhos mornos, às noites frias
Das ilusões nas madrugadas...
Mas, ela ainda inacabada
A minha frente desafia
A ser pisada com energia
E continuar a caminhada...
Pedindo: Nunca olhes atrás
Pois, quererás, tu, refaze-la
Em alguns trechos sem estrelas...
Ou sem o sol a aquece-la...
Apenas lembres, e tu farás
A frente a estrada só de paz...
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SONETO II
Mas, a estrada é viva e clama
Das longas curvas da incerteza
Onde gritava a natureza
Cobrando a ti a luz da chama...
Sem luz há trechos que reclamam
Dos passos teus delicadeza
Dos atos frios a clareza
Em mãos abertas que te chamam...
Jamais por lá, tu voltarás
Só prenderás a mente aos dramas
Com a tristeza das mucamas...
E saiba tu que o céu te ama
Que livre estás como as ciganas
E que só tu escolherás...
Autor: André Pinheiro
13/08/2014