QUANDO SE CALAM AS VOZES

( Inspirado no "SONETO AO ACASO" )

de Luciê Ramos - O PUETALÓIDE -

E devagar... foi morrendo tudo, dentro de nós.

Tantos sonhos que ficaram irrealizados, perdidos

porque não tivemos tempo sequer, correu atroz

a vida, e nos negou tantos fados queridos...

Primeiro a morrer, foi o encanto, tanto, proclamado,

vindo de nossas almas em conjunto assim amando.

Depois a ternura, o carinho que havíamos jurado,

um a um, se desfazendo e em nada se tornando...

Também os versos, canções, juras de amor escritos

aos amores, que num apagar de luzes, foi extinguido

porque a vida se esvaiu, acabou, nos tornou desditos.

Então, quando calar a voz que hoje rasga-nos o peito,

com certeza teremos também, dentro de nós morrido

toda a nossa poesia e o amor que no âmago foi feito...

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- Interação do meu querido Aleixenko -

Onde quer que vamos filas intermináveis

De idosos, adultos e crianças

Parecendo objetos descartáveis

Sistema de Saúde pública sem esperança

Sabemos de quem é a responsabilidade

Dos governantes, nossos algozes

Tudo por aceitarmos esta temeridade

É quando se calam nossas vozes

Os médicos... arrotam que são doutores

Os políticos nos acham jumentos

E os juízes se imputam superiores

O pouco-caso torna-se notório

Mais e sempre mais... sofrimentos

Este descrédito com o povo é vexatório

Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 13/08/2014
Reeditado em 15/08/2014
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