APENAS LÁGRIMAS

Que brilho é esse que em seu rosto escorre?

Não podes, apenas, olhar-me?

Outrora em meus braços dorme

Hoje em teu ser queres parar-me

Maldita razão, contraste inefável

Pura discordância do sentir

Que em meus olhos ver-te amável

E em minh'alma ver-te partir

Então, que brilho é esse que migra de teu olhar?

Dar-me uma resposta sem demora

Não quero-te assim, ao ermo caída

Sussurrando o sofrer de agora

Quero-te, sim, curada da ferida

Após o meu inevitável calar

Recife, 05 de Agosto de 2014

Fabiano Fernando
Enviado por Fabiano Fernando em 08/08/2014
Código do texto: T4914310
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