APENAS LÁGRIMAS
Que brilho é esse que em seu rosto escorre?
Não podes, apenas, olhar-me?
Outrora em meus braços dorme
Hoje em teu ser queres parar-me
Maldita razão, contraste inefável
Pura discordância do sentir
Que em meus olhos ver-te amável
E em minh'alma ver-te partir
Então, que brilho é esse que migra de teu olhar?
Dar-me uma resposta sem demora
Não quero-te assim, ao ermo caída
Sussurrando o sofrer de agora
Quero-te, sim, curada da ferida
Após o meu inevitável calar
Recife, 05 de Agosto de 2014