POUCO INTERESSA
Meu destino a ninguém interessa
Se vou embora ou se quem sabe até fico
Poucos notarão se eu tinha pressa
Se meu olho estava úmido ou seco
Num sem querer, direi que é indiferença
É que a vida nos limita num cerco
Vivemos numa clausura expressa
Sequer nos darmos conta se é autêntico
Então na solidão prossegue a vida
Cada qual no seu , só caminho , trôpego
Sem sentir que no futuro há passado
Mesmo eu que aplaudia a vida tão querida
Ando correndo , já quase sem fôlego
Ainda assim fui relegada de lado!
Ps - Aos sonetistas , por favor corrijam.Aos portugueses, úmido, no Brasil se escreve sem h.