A morte a tudo vence

Se a morte a tudo vence, esse fado

Corrompe com primor o ouro e a prata

Se tempo atroz em tudo desbarata

Não pode a formosura ser poupado

Se a rocha que com o tempo desmantela

E a primavera que seu brilho apaga

É tal a graça que cedendo a vaga

Sucumbe a paga cruel das mazelas

O tempo que é perfeito em desventura

Quem pode contornar cruel destino?

Pois breve sãos os tempos de menino

Saudades que se esvai na sepultura

A vida passa mas os versos vão viver

E debochar do tempo todo seu poder

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 05/08/2014
Reeditado em 05/08/2014
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