No silêncio dum olhar
No silêncio dum olhar
Na simplicidade serena daquele olhar
Em silêncio, nele mergulhei para ver
A razão, de tanta calma e bem-estar,
Que leve sorriso deixava transparecer.
As inquietas chamas da fogueira a arder
Acompanhava o ritmo de quem dançava.
Por sua beleza então deixei-me envolver
No bailado, ao som do tambor que vibrava.
Fogueiras crepitavam, ao seu redor a silhueta
Gingava com alegria, muito ritmo e energia,
Enquanto já embalado em sonhos me perdia.
Serões nas noites cálidas, da mãe África
Que enfeitiçam corações incandescentes
De músicos, lutadores e de toda a gente.
Faro, 04 Agosto 2014
gmarques