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SONETOS EM REVOADA*
[519]
 


Um a um, no papel de arribações,
como aves surfando, em revoada,
eis poemas em voo por ancha estrada
que se espraia nas plagas d’amplidões.
 

São sonetos dos céus numa sacada,
como a irem plantar revoluções,
mas de paz, em compasso de canções,
do arrebol ao romper de uma alvorada.
 

Meus sonetos, agora teus, leitor,
trata-os bem, com cuidadas releituras,
que em seus versos verás algum teor.
 

Digo mais: se tu leres com vontade,
ouvirás, com certeza, as partituras
que, lá n’alma, nos dão afinidade.
 


Fort., 02/08/2014.
 
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(*) Com este texto, pretendo abrir o nosso segundo livro de poesia, de título homônimo, já enfeixado com cento e treze sonetos.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 02/08/2014
Reeditado em 02/08/2014
Código do texto: T4907069
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