A CONSEQUÊNCIA

O sol nasce brilhante e soberano

Iluminando a vida tão cinzenta,

Que já, por vezes, só é pachorrenta,

Levando a minha mente ao próprio engano.

E depois pago pelo próprio dano

Como uma consequência não isenta,

Que duma solidão já me apoquenta

A paz do espírito que mais emano!

Pois na profundidade do sentido

Que a mente se alimenta das ideias

Encontro o pensamento já perdido;

Pudesse descobrir as tais areias

Que a escuridão me tem adormecido

Junto ao cântico ledo das sereias!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 02/08/2014
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