Requinte

E nada há mais além desse requinte

Que indique claramente o que fazer

Prazer outro não há, por conseguinte

Senão um mar em ondas de prazer

Não é um faz de conta e nem o acinte

Que negue à tentação o acontecer

E a noite de paixão é o seguinte

Resume o frenesi no entorpecer

Menina, és a ventura em que desfila

A reluzir um mimo benfazejo

Que vejo na luxúria da pupila

Corporal é o titânico desejo

Que em teu beijo reflete-se, destila

A quente majestade do cortejo

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 01/08/2014
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