CHUVA POÉTICA

Enquanto a chuva cai, eu penso em fazer uma poesia,

Que possa senti-la chovendo em minha alma poética;

Uma poesia que me proteja da chuva, em sua moradia

Cheia de versos líricos a serem recitados qual prédica.

Enquanto a chuva cai, o sol tímido pouco clareia o dia,

Retraindo os meus versos rimados, porém sem métrica;

Chove lá fora... E a chuva poética nutre a minha poesia!

Os versos aquosos certamente provêm da tradição épica.

A chuva cai... Enquanto eu teço os versos tão chuvosos!

Uma mistura ( da chuva material com a chuva espiritual),

Inunda a minha poesia, contente com os versos pluviosos!

Ó, sonhos chuvosos, que produzem a poesia tão invernal!

Já tão desperto do sono, no alvorecer do dia ensolarado,

Lembro-me da chuva onírica nesse soneto agora acabado!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 01/08/2014
Código do texto: T4905561
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