DESEJOS TÃO IMPUROS
A desafortunada moça tinha
O amor descompensado pelo tolo
Momento, que servia de consolo
E a fazia sentir uma rainha!
Pois tamanha beleza já mantinha,
E até que já não mais comia bolo
Para o corpo perfeito e nu expô-lo,
Não parecendo ser mulher certinha.
Porém, isso um prazer maior lhe dava,
Embora, apenas visse os olhos duros
Masculinos, que a viam como escrava;
Ela assim lhes pagava em altos juros,
Os abusos sexuais, dos quais rezava
Por tamanhos desejos tão impuros!
Ângelo Augusto