AINDA ME PERCO EM SUAS CURVAS.

Fui seguindo em teu corpo a linha do tempo,

Mas confesso ainda me perco em tuas curvas,

Com uma visão que de tão bela se faz turva,

Neste espasmo alinho os meus pensamentos.

Sinto vontades que ainda soam estranhas,

Da minha vida fase anterior intra-uterina,

Como se fosse para desejos uma vacina,

Contra este mundo desdenhoso e tacanho.

Se este universo a mim pariu então acolha

Não o fizestes sem deter o mínimo preparo,

De um ser arrojado mui gentil fora da bolha.

Tantas trombadas me açoitaram em demasia,

Tirando o rumo dos meus trilhos desalinhados,

E a tempo certo os ordenaram os meus guias.

Luso poemas 05/02/12

PUBLICADO NO FACE EM 05/02/2012