A MOÇA DESAFORTUNADA
A moça que em paixão demais amou,
Não teve sorte no homem da tortura,
Que a levou a fazer tanta loucura,
Por isso com a vida terminou.
Matou-se pelo amor que mais pecou,
Enfim, de muito nova flor sem cura,
Deixou-se assim levar pela amargura,
De quem por cego amor mais se enterrou.
Quão penosa inocência já fadada
Ao fracasso total de quem mais erra,
Como uma alma que já foi condenada!
Porque amor não se fez de santa guerra,
Então, por isso o pai da moça amada
Rezou pelo perdão de Deus na terra.
Ângelo Augusto