A Amizade dos Sedentos
A Amizade dos Sedentos
(Soneto)
Deixas-me que te peça teu sorriso,
Que meus olhos o liguem com tristeza?
Envias-me alegria bela e acesa?
Teu aquiescer é tudo o que preciso!
Ó meu respaldo! Arrimo sem defesa,
Minha panóplia contra este granizo
Que me lapida frio o meu juízo!
Concedes-me à distância essa proeza?
Basta que me contemples, me secundes…
Sem omissos desejos ou intentos,
Que em mim um pouco de ânimo fecundes!
Não quero que a mim chegues e me inundes,
Com a grande amizade dos sedentos!
Nem quero que o olhar… depois me afundes.
André Rodrigues 31/7/2014