VELHAS CARTAS DE AMOR

VELHAS CARTAS DE AMOR

Quantas cartas de amor escrevi, exaltando

Um ardor momentâneo, íntimo tormento;

Escancarando a alma, o coração clamando

Sua dor, sem pensar no próprio detrimento.

Quantas cartas de amor escrevi, versejando:

Rimas ricas, perfeitas, sem qualquer sentimento;

Apenas ilusões levavam, demonstrando

Como é fácil largar-se palavras ao vento.

Velhas cartas de amor, de ausência serena:

Relembradas?... quem sabe vistas com saudade?..

Disso eu nada sei... E dizer-me, quem há-de?

Se perdidas, rasgadas, queimadas, esquecidas,

Que sejam... são agora parte de outras vidas,

Rele-las outra vez, pensei... nem vale a pena!

hortencia de alencar pereira lima
Enviado por hortencia de alencar pereira lima em 31/07/2014
Código do texto: T4903497
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