A saudade
Eu morro de saudade e estou com ela,
Enchendo-a do alimento que mais gosta:
Pergunto sobre ti, não tem resposta,
Pergunto se tu vens, diz: Não sei dela.
Nós vamos sempre os dois para a janela;
Eu falo que te amo, ela debocha;
Caminha para o quarto e acende a tocha
Que finge refletir teu rosto em tela.
Tem dias que ela acorda perturbada,
Lá para as três do frio da madrugada
Pintando-se de ti ela sorri.
Até o teu perfume ela simula,
E como articulavas articula...
Quem dera se a trocassem, amor, por ti.