A saudade

Eu morro de saudade e estou com ela,

Enchendo-a do alimento que mais gosta:

Pergunto sobre ti, não tem resposta,

Pergunto se tu vens, diz: Não sei dela.

Nós vamos sempre os dois para a janela;

Eu falo que te amo, ela debocha;

Caminha para o quarto e acende a tocha

Que finge refletir teu rosto em tela.

Tem dias que ela acorda perturbada,

Lá para as três do frio da madrugada

Pintando-se de ti ela sorri.

Até o teu perfume ela simula,

E como articulavas articula...

Quem dera se a trocassem, amor, por ti.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 30/07/2014
Reeditado em 07/04/2015
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