CHEIO DE ESPERANÇA

Degolo o meu passado, me reajusto,

Nos dias que lavei com as próprias mãos,

Com águas destas lágrimas e, augustos,

Estendo-os no varal do coração...

Declino-me das noites mal dormidas

N’alcovas dos tormentos que sofri;

Não moro mais nos choupos desta vida;

Eu fiz o meu Palácio, eu revivi!

Não quero mais lembrar os pergaminhos,

Os rotos versos tristes que eu fazia

Enquanto te esperava em meu caminho...

Trituro em meus sorrisos tua lembrança

Minh’alma escreve nova poesia

Um novo amor mais cheio de esperanças!...

Arão Filho

São Luís-MA, 30 de Julho de 2014