ETERNAMENTE LÍRICOS - Em dueto com Puetalóide



       SONETO AMARGURADO

                             - Puetalóide -


Quem dera, o amor, que Ela acaso sente
Por alguém... - Dedicado e comprometido
Fosse a mim, e somente a mim, oferecido
Eu seria feliz... E pela vida, contente.

Quem dera, os seus lábios, docemente
Balbuciassem, mentindo, que me amava.
Dessa doce ilusão eu me aproveitava
Pra seguir me enganando... Eternamente.

Mas sequer ela sabe desse amor sentido
- Do devotado amor que trago comigo -
Até quando, não sei... Só o tempo dirá.

E mesmo amanhã, Ela lendo esses versos
- Imaginando -
Há de ficar, com certeza, se perguntando:
- Que mulher será esta? E não saberá!



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                 DESENCONTRO
                    
- Simplesmente Romântica -


Eis que hoje... tanto tempo depois...ironicamente
Encontrei este soneto que deixastes sobre a mesa.
Que apanhei em surdina e guardei cuidadosamente
Por que vi nele, um amor tão grande, tanta beleza!

Dizias no soneto, querer ser, quem eu dedicava
Um amor tão puro... Amor tão comprometido...
- ... Sem saber que era a ti que eu o devotava -
(Eu chorava por esse amor não correspondido!)

Querias ouvir dos meus lábios, inda que mentindo,
Que eu te amava... - E eu te amava! Não era ilusão! -
E agora, já tão tarde, descubro, assim sentindo...

Por que não dissestes a mim, do teu tão grandioso
E devotado amor? Teríamos vivido tão fremente paixão.
Agora tarde... Mas teria sido tudo ... tão maravilhoso!

 
Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 30/07/2014
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T4902310
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