“SEM SAÍDA”

Que maravilhas se podem contar

Estando preso em uma tumba?

Se do morto nenhuma voz retumba

E lembranças no sepulcro não há?

Não há glória a quem desce à escuridão,

Lá, ninguém encontrou a sumetume.

Os vermes já a espera do chorume

Do morto esticado em um caixão.

Todo homem vivo, então, verá a morte,

Morre o ancião, morre o mancebo forte!

Essa predadora não há quem enrusta...

Sendo assim, da vida, eu me deleito...

Os amigos eu amo, os inimigos eu respeito,

Esperando que seja a minha morte justa.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 28/07/2014
Reeditado em 28/07/2014
Código do texto: T4899531
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