Déspota Negra

Déspota Negra

(Soneto)

É forte o breu… abarca toda a mente;

E ténue é a alma… ténue e inconsistente.

Doma tudo a tirana inabalável,

Tendo um bojo imponente, sempre estável!

Deveria ser forte e intransigente,

Ter na posse uma laia consistente!

Para que tudo fosse irrefutável…

Para que ela só visse o inexpugnável!

A déspota, apossou-se suavemente.

Foi numa cortesia lancinando,

Com o seu golpe doce, tão silente.

Agora, diz-me seu enquanto assombra,

Vai-me assim carcomendo, devorando.

Tenho uma sombra junto à minha sombra!

André Rodrigues 25/7/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 25/07/2014
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