Insensíveis

Tua lágrima que escorre ninguém vê!

Nem a dor estampada no teu rosto!

Nem sabem da razão, nem do por que,

Das marcas da tristeza e do desgosto.

Teu sofrimento impresso ninguém lê,

Mesmo que esteja sempre tão exposto.

A mágoa que maltrata ninguém crê,

Que fere um coração tão descomposto.

No entanto, todos veem teus erros tolos;

Criticam teus problemas, teus defeitos,

Sem penas, sem remorsos, sem consolos...

Essas pessoas cruéis e linguarudas,

Não enxergam teus choros imperfeitos,

E apontam friamente tuas rugas...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 25/07/2014
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