= SONETO DO ADEUS = (A memória da minha filha Pilar)
SONETO DO ADEUS
(A memória da minha Pilarzinha - Um ano de sua morte.)
Dei-me por conta do nada que fiz ,
Sombras tristes de um fluxo inacabado,
Mórbido pelo caos envenenado,
Que depura o caule, corta a raiz...
E no conformismo que nada diz,
Posicionei-me no resignado,
Enterrando-me ao traço do acabado,
Abraçando o que de real condiz...
E o vento triste perpassado uivante,
Tirou-me o alento do sorrir constante,
Sanguíneo verso que saiu de mim...
Ao dá-me conta do chorar contido,
-Vácuo aberto no coração ferido-
A catarse enorme do adeus sem fim!
Niterói, em 20 de junho de 2014.
Ronaldo Trigueiros Lima.
Métrica: Versos decassílabos