FOLHA MORTA...
N a folha tombada por rara beleza
Na brisa atrasada uma gota em pingente Na ponta vertente do pingo a clareza
Desmaio ao sofrer e cair comovente!
Oh pingo em outrora se fez tão ausente,
Aguardara a seca no ramo a aspereza:
Dolente planta aos confins da incerteza
Vindo pela crueza mostrar-se valente!
Delicadeza pela intempérie tombada,
Galhos secos a luz do sol tão quente
Repente melancolia lhe finda a jornada!
Folha morta em hospedagem demente
Abrasada curva-se ao peso luzente
Impotente cai,tristemente é pisada!
Barrinha; 24 de julho de 2014 – 13,31