Fluxos
Edir Pina de Barros
A vida segue adiante, continua,
ainda que se esteja em letargia,
a lua vai, ressurge um novo dia,
que dá lugar à argêntea luz da lua.
A vida pulsa, vibra e se extenua,
e em tudo existe o encanto da poesia,
na dor do luto – pura anestesia! –
na morte que nos fere feito pua.
A vida se renova, regenera
renascem flores – plena primavera –
depois do frio inverno e triste luto.
Assim é a vida: água que se estanca,
contida e represada por barranca,
mas sempre escapa, escoa por um duto.
Brasília, 22 de Julho de 2014.
Versos alados, pg. 15
Sonetos selecionados, pg. 126