SENTENÇA...
A finda parte, parte lassa, impura
Para morada última da vida
Da carne, essa pútrida escondida
Que virará banquete e desconjura...
Depois que perde a sua estrutura
Sentindo-se sorvida e renascida
Por seres outros duma outra lida
De cujas vidas "micra" não se jura...
Então, na parte que se vê, se pensa
Coitada vai tão morta como a crença!
Mas livre inteligência, voa n'alma...
No invisível segue e sem agalma
No bem que leva tudo se acalma
Pra vida eterna única sentença...
Inspirado no belo soneto do poeta JRPalácio: "Imaginando o sheol!"
Autor: André Pinheiro
14/07/2014