VERSINHOS DE PRA SEMPRE


Ainda que eu parta, me escutarás
- M'ouvirás em saudosa melodia -
E mais que nunca... justo nesse dia,
À mim, a minha ausência... Sentirás.

E por tempos e tempos, recordarás
Quando m'escutavas em sinfonia,
- Quando à ti cantava em poesia -
E por isso, jamais, me esquecerás.

E quando pensares que tudo acabou,
Que nada mais de nós dois restou,
Ou, admitindo-me não mais aqui,

Inda assim m'ouvirás, nas madrugadas
Em  qu'alguém, plangente, em serenatas
Dedilhar os versos que eu fiz pra ti!

                         Puetalóide



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Comentários em Destaques!

... e os acordes da sua sereneta atravessarão o tempo
E na voz do vento chegarão até mim...
Eu no meu viver em meio à saudade,
Poderei ouvi-los enfim...!
Ah Poeta, com seus encantadores versos despertou meu lirismo!
Para ti, Amigo, o abraço da Elenir!

                         Simplesmente Romântica


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Por vezes, teus versos me transportam à longínqua adolescência, e me fazem reviver as madrugadas em que lia às escondidas, sob a luz de uma lanterna, o livro de poemas que trazia escondido embaixo do colchão.
Ainda sinto a emoção com que devorava os poemas proibidos do Poeta que me encantava.
Hoje, em teus sonetos encontro muito dele.
Tens a mesma facilidade de dizer tudo aquilo que fala ao meu coração num dialeto único!
Lindo, perfeito, encantador... Beijos, querido Amigo!

                        Sonia Villarinho



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INTERAÇÕES


Tardio seja o dia e esquecido
Em que tua doce voz não escutarei...
Pra ter-te aqui sempre tudo farei!
És meu motivo... mi'a vida... querido!

Sinfonias tuas que eu tenha ouvido
Em nenhum tempo esquecer poderei
Tais doçuras... constante recordarei
Ser-me-ão inerentes, pois ter-me-ão prendido

Nada a separar nossos corações!
Se comigo os versos eu mantiver
Estarás no encanto de tuas canções.

Se a vida, pressentida dor trouxer
Trará também plangências dos violões...
E toda a saudade... que n'alma couber!...

                         Esther Lessa



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Escutar-te-ei ainda que tu partas
Vibra em mim... Nossa melodia
Saudades... Sentirei do dia...
E das carícias tantas... Fartas!

Lembrar-te-ei, do mais doce tempo,
Ao escutar-te em tua sinfonia;
Nosso amor, em cantos de poesia...
São compassos, - Sem contratempo

Mas se ao perceber a tua falta,
Eu chorar, a saudade que exalta...
Sei q'inda restará a lembrança;

Na madrugada eu te ouvirei...
Por dores, a outros me unirei;
E renascerá em mim a esperança!

                         Aila Brito



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SONETO CONCERTO DO CORAÇÃO


Jamais hei de olvidar tua melodia
Pois que ela está impregnada em meu ser
Ainda que partas... Sempre irei te ter
Minh'alma... Minh'aura, é tua poesia...

E assim, a todo instante do meu dia
Na fria madrugada a me envolver
Por certo almejarei te pertencer
Em ais de pensamento em sintonia

Entre nós o querer se eternizou
Não irei pensar que tudo acabou
Tão doce canção reverbera aqui

Neste "tic...tac", nesta toada
Nesta minha batida apaixonada
Deste coração que bate por ti!

                         Madalena de Jesus