Decomposição

Decomposição

(Soneto)

Esta velocidade eu não aguento…

É célere demais a rotação!

A insuficiência de ar no meu pulmão,

Começa a galardoar-me com lamento.

Teu ar que ele respira… ternurento,

Tem bafo que acalenta o coração;

Mas também tem voraz devassidão

Que faz mortificar o meu momento!

Meus pés já não caminham! Paralisam!

Meus olhos nada encontram mesmo vendo…

Os Sonhos até mim já não deslizam!

Vou sincopando… aos poucos desfazendo.

Mas teus ímpetos nada visualizam,

Senão um mentiroso se escondendo.

André Rodrigues 19/7/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 19/07/2014
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