Proseando no soneto.
Nem rei, nem chinfrim, mas meio termo
Assumo assim o que fizer e resumo:
Não defumo nem filé, nem ossada
Nada é mais que cetim ou veludo.
Contudo digo, sigo a lei e não mudo
Meu escudo é sempre o perfume da rosa
Minha prosa sei que o verso consente
Leio a mente sigo prumo e decência
Extraio a essência, desprezo a opulência,
Minha permanência vai até queira o verso
Que é meu universo em tanta eloquência
Que até minha demência também faz sucesso.
Avesso ou direito, algodão ou cimento:
O verso é refém da ilusão e do momento.
Josérobertopalácio