Dissintonia...

Longe do ser perfeito que almejas,

Sou a tua pouca alegria,

Distante dos teus olhos o que desejas,

A chama de uma doce sangria.

Efêmera química que despejas,

Nas palavras sem simetria,

Nas quais, inteira, tu estejas,

Sem me ter em vã idolatria.

Não que eu mereça essa regalia,

Ou que pense que assim me amarias,

Do contrário diria que rastejas.

Mas, ao menos, que não me judiarias,

Já que sonhei que sempre me dirias,

Que no meu amar teu coração festeja.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 18/07/2014
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