AMANHECER EM POESIA...
Enclausurada liberdade, permaneço
Inerte aos desejos, a vida latente
Ao amor que dormita, faz plangente
O coração do Poeta, um recomeço...
Solferino é a matiz dos meus desejos
Impregnado dos solfejos da nubente
Que sobeja em minha alma indulgente
Meus dogmas, em sonhar com teus beijos...
Que a tarde se derreta, que a noite venha
Com o lirismo obstinado o amor nos aqueça
Pulcro é o que nos enleia, que nos mereça...
Venustos são as sensações que nos habitam
E ao relento da madrugada nos amaremos
Seremos poesia, então... amanheceremos...