AMANHECER EM POESIA...

Enclausurada liberdade, permaneço

Inerte aos desejos, a vida latente

Ao amor que dormita, faz plangente

O coração do Poeta, um recomeço...

Solferino é a matiz dos meus desejos

Impregnado dos solfejos da nubente

Que sobeja em minha alma indulgente

Meus dogmas, em sonhar com teus beijos...

Que a tarde se derreta, que a noite venha

Com o lirismo obstinado o amor nos aqueça

Pulcro é o que nos enleia, que nos mereça...

Venustos são as sensações que nos habitam

E ao relento da madrugada nos amaremos

Seremos poesia, então... amanheceremos...

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 18/07/2014
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