UM AMOR ETERNO II
Lá, quando deste pobre trovador
Que a tristeza e a desilusão veste,
Só uma torpe e vil podridão reste,
Em rasa cova, sem qualquer valor.
Lá, onde tudo só termina em dor,
Onde o frio vento açoita o cipreste,
Que geme e chora este amor inconteste,
Que por toda a vida foi meu senhor.
Lá... tuas lágrimas, não quero vê-las,
Antes, olhai aos céus nossas estrelas,
E sorria, pois contigo estarei.
Pois eterno é o que nos foi dado,
Este grande amor nunca consumado,
Que em minh'alma pra sempre... levarei!