Teu gostinho de café

Devo confessar-te, por mero dever de ofício,
Que levo comigo a maior de minhas fantasias,
Que me enlouquece, por vezes, que me extasia,
Chego às raias da loucura, mais que um vício.

Um fugaz beijo contigo trocado, em tarde baldia,
Em teus lábios, língua e saliva o sabor do café
Recém sorvido, teu corpo colado ao meu, de pé,
Ficou absorvido na mente, como a mais pura magia.

Neste enlevo profundo, nossos olhos semicerrados,
A mente a divagar por tempo distante e longínquo,
Quando nos amamos com ardor, jovens apaixonados.

Hoje distantes, a cada vez que sinto de café o cheiro,
Lembro-me de ti, amada, e me pergunto com afinco,
Por que não me tomaste por inteiro e por derradeiro?
LHMignone
Enviado por LHMignone em 16/07/2014
Reeditado em 02/09/2017
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