“ABSOLUTA”

Manejes bem com tua mão

O teu afiado e luzente cutelo

Ao sobrevires, somente anelo:

Sejas breve em tua missão.

Senhora, da absoluta escuridão,

Rainha mor de todo silêncio:

-Que possa morfar o corrodêncio

Minha substância em tua mansão.

Prosternado. Cumprido o ciclo da vida.

Seja minha carne, da alma, cindida

Por ti, Senhora, de habitat sepulcral...

Só não prolongues o calvário

Dos quais no horrendo cenário

Assistem a minha cena final.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 16/07/2014
Reeditado em 16/07/2014
Código do texto: T4883649
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