A SAGA DE CAVEIRINHA - Ato IV

Com cara de bebê mal esculpido

Cicatriz no rosto e no braço

Caveirinha nunca deu abraço

Tampouco um beijo, o bandido

Sem jeito e cintura, não soube dançar

Só andava com os malandros da área

Dedos ágeis, olhos de águia

Vivia nas sombras, a observar.

Vestia o que tinha, não fazia questão

Mas quando pode, mesmo assim evitou

Chamar a atenção, nunca ostentou

Nunca ouviu a palavra lindo

Nunca soube o que era medo

Só aprendeu da vida a sílaba não.