A MORTE DA MARGARIDA
Odir Milanez
De corola que há pouco veio à vida,
ela se abraça à brisa. E à semelhança
de bela bailarina, a Margarida
descuida de ser flor e dá-se à dança,
Rodopia, recua e, após, avança
além da pista à planta concedida.
Dublê de dançarina, quando cansa,
forma a feição de flor reflorescida.
A brisa abre um balé. Ela se arranca
da haste adolescente, que se inclina
para vê-la dançar, faceira e franca!
Sola a Morte do Cisne a voz divina!
A Margarida gira a veste branca
e cai sobre os seus pés de bailarina...
JPessoa/PB
15.07.2014
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
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