SONETILHO DA TRISTEZA INCONTIDA
Chora em prantos a alma minha
Pela distância entre nós
Por não ouvir tua voz
Por não seguir tua linha
Soluços, sussurros roucos
Na boca gosto de sal
Os olhos vermelhos foscos
No peito opressão total
Choro o querer e o não ter
Teus braços a me envolver
Oh! Venha secar meu pranto?
Preciso de ti criatura
Livra-me desta clausura?
venha ser meu acalanto.
Madalena de Jesus
Para “Sonetos de Desventura” do magistral Puetalóide.