SONETO ANTE A MORTE
Quando enfim, a morte vier me chamar
Que eu me lembre do quanto fui amada
Do tempo que por ti fui sublimada
E assim, ela não me fará penar
Quiçá, no limiar de tal momento
Eu possa estar de todo agradecida
Pela fé na infinitude da vida
Por crer que é pontual nosso afastamento
Que eu te veja em meu último suspiro
Que da mortal foice eu não tenha medo
Que eu não a veja como anjo do mal
Que seja leve como o ar que respiro
Que seja a tua imagem meu folguedo
E que eu sorria no instante fatal.
Madalena de Jesus
Para "Soneto de Amor Eterno" do magistral Puetalóide.