Severina

A chuva são lágrimas de prata a brilhar,

Que vem de alguma constelação a raiar,

Pode ser lenta, pode ser rápida a chuviscar

Águas pura ou prateadas a molhar!

Lava corpos, lava a alma, lava até corações,

Malfeitores, destruidores e de poetas construtores,

Lava a uva, lava o vinho, lava a garrafa,

E lava a taça que enlaça os que fazem serenatas!

As vezes quente, as vezes gelada,

Corre a inundar sensações,

Feito uma mistura gostosa de corações!

Pode trazer vida, pode conduzir a morte,

Antítese do desenrolar das vidas,

A vida de todos, a Severina!

Bárbara Albuquerque
Enviado por Bárbara Albuquerque em 11/07/2014
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