Tempo de Tristeza

Na hora que dobra a triste criatura

Em noite vertiginosa morte a ceifar o dia,

Quando vejo esvair-se no sangue cura

A adaga assedia a carne na sangria.

Desejo sem força no tronco do castigo

Que no banho estendia a pele branca

Num feixe de luz na alcova comigo

Gozar o sexo na carne tão franca.

Sobre a beleza que tanto ambiciono

Poder nos tempos na árdua prova

Carcaças do túmulo do abandono.

Morrem no nascer da verdade nova

Contra o diabo em um vil cortejo

Salvo pelo demônio que em fim vejo.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 15/05/2007
Reeditado em 01/10/2008
Código do texto: T487770
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