NOSTALGIA
Odir Milanez
Armador dos meus sonhos e quimeras,
muitos barcos armei. Risos e prantos
em seus porões portei, por portos tantos,
partindo ou me partindo nas esperas...
Represos nos calhaus das primaveras,
inventando invernadas nos recantos,
meus barcos de papel, meus antecantos
da inocência perdida noutras eras!
Meus barcos, de bagagens expedidas
nas rotas sensoriais de sonhos rotos,
não deixaram de adeus as despedidas.
Nostálgicos naufrágios dos pilotos
nas águas das calçadas escorridas,
sumidos entre as grades dos esgotos...
JPessoa/PB
10.07.2014
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do ventoe versa versos vagos....
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