LEVIANA

Por que mentias para mim quando dizias

Que teu amor era sensato e absoluto?

Hoje vejo que não passei de um produto

Desejável, descartável que tu vendias.

Por que mentias para mim quando gemias

Em um frêmito de desejo muito astuto?

E mais uma vez, sei que não passei de reduto

Para suprir as carências que sentias.

Tu mentias quando o orgasmo insinuava,

Até mesmo quando o teu olhar chorava

Pedindo-me para te amar inteiramente.

Feito bobo, te aceitei dentro do coração,

O mais fiel esconderijo da paixão,

Para ser amargurado eternamente.

Quipapá – PE,21 de fevereiro de 2011