Luxúria
Dito eu fui que o teu amor era luxúria
Que eu o suprimisse e seria perdoado
Pois no encontro de tuas coxas residia a fúria
De um demônio adormecido enclausurado
Eu, contudo, nunca fui temente a Deus
Pela carne intimidado não seria
Demônios cada um esconde os seus
E o meu vem procurando companhia
Envolvesse eu a tua falange em ouro sagrado
Que o teu pecado tornaria-se absolvição
Livrando-me do fogo e da perdição
Entretanto eu não busco o perdão
Eu procuro em teu ventre o desejo abafado
De o meu corpo conhecer-te do outro lado