SONETO DE AMOR ETERNO

 
                  À
                  Liliane Prado
                  - Poetisa do Recanto das Letras -
                  Com o carinho deste Poeta!




Um dia, Querida, não sei bem ao certo
Há de vir pra nós o derradeiro instante.
E ao turvar-me a face, cair-me o semblante,
A morte... Há de rondar por perto.

Seguiremos, (juntos?), à um caminho incerto.
E sem que saibamos exatamente pra onde.
- Onde... Talvez... A vida se esconde -
Ou, provavelmente onde, nos sintamos libertos.

E se fiques... Ainda assim eu seguirei!
E onde quer q'eu vá... ...  - Aonde estarei -
Sereno e tranquilo... Numa outra esfera!

E se lágrimas, por mim, for o que te resta,
Alegra-te, consola-te, faz o coração em festa
Pois, aonde eu for... Estou a tua espera!

Puetalóde



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Comentário em Destaque!


Doce Poeta de Minha Alma...!

Passou "um milhão de sensações dentro de mim" ao ler estes versos tão belos e dedicados a mim.
Você acompanhou minha luta nestes últimos tempos e sabe que fiquei afastada por dois anos do meu trabalho para reaver minha saúde.
Com você também não foi diferente.
Mas em pensamento (pois não nos conhecemos pessoalmente, não é mesmo?), em vibrações, em orações, conseguimos ressurgir como Fênix.
E, o seu modo tão sublime de me dar força, de me fazer enxergar o "outro lado da moeda" pela fé e esperança... Seu cuidado tão especial de procurar me fazer reagir e me redescobrir, de me fazer voltar a dar umas boas risadas... Seus conselhos e orientações tão naturalmente ditos e cheios de significados tão profundos... realmente me fizeram compreender o sentido do "amor eterno" que em soneto me ofertas com tanta nobreza e delicadeza.
As lágrimas estão caindo aqui como chuva mansa e fina a regar meu ser (tão primário e imperfeito) e depois de algum tempo sem saber o sentido e o valor de minha própria essência posso dizer-lhe agora que "alegro-me, consolo-me, e faço meu coração em festa", pois, verdadeiramente sei que eu também aonde for levarei você comigo "serena e tranquila"... em qualquer esfera que nos espere à eternidade!
Beijo suas mãos... em carinho, respeito,  admiração e gratidão.

Liliane Prado



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SONETO ANTE A MORTE


Quando enfim, a morte vier me chamar
Que eu me lembre do quanto fui amada
Do tempo que por ti fui sublimada
E assim, ela não me fará penar

Quiçá, no limiar de tal momento
Eu possa estar de todo agradecida
Pela fé na infinitude da vida
Por crer que é pontual nosso afastamento

Que eu te veja em meu último suspiro
Que da mortal foice eu não tenha medo
Que eu não a veja como anjo do mal

Que seja leve como o ar que respiro
Que seja a tua imagem meu folguedo
E que eu sorria no instante fatal!

Madalena de Jesus