ETERNA RAZÃO

Voo em perispírito no passar do vento,

No ensaio habitual do desenlace carnal;

Gozo livre do etéreo vindouro momento,

De volta à primária realidade espiritual.

Um fio fluídico me liga ao vaso corporal;

Enquanto visito com tão nobre intento,

O meu lar futuro, a minha vida natural;

Breve instante isento do mundo cruento.

A morte não faz morrer a eterna razão!

Morre só o corpo, moradia temporária

Da alma, que nele, aprende a evoluir;

Não importa à alma, a dor funerária,

Se já voa livre rumo ao seu eterno porvir;

Ela vai reusar a razão na desencarnação.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 07/07/2014
Reeditado em 31/05/2021
Código do texto: T4872559
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