ETERNA RAZÃO
Voo em perispírito no passar do vento,
No ensaio habitual do desenlace carnal;
Gozo livre do etéreo vindouro momento,
De volta à primária realidade espiritual.
Um fio fluídico me liga ao vaso corporal;
Enquanto visito com tão nobre intento,
O meu lar futuro, a minha vida natural;
Breve instante isento do mundo cruento.
A morte não faz morrer a eterna razão!
Morre só o corpo, moradia temporária
Da alma, que nele, aprende a evoluir;
Não importa à alma, a dor funerária,
Se já voa livre rumo ao seu eterno porvir;
Ela vai reusar a razão na desencarnação.