O Errante

O Errante

(Soneto)

Matei o sentimento… o Amor alheio!

Devia ser punido, torturado,

Para não mais na vida ser amado.

Como de grande dôr eu me permeio!

Que patife me sinto, homem tão feio,

Assassino, ordinário enlamaçado;

Por com novo desejo ter sujado

A tua segurança, o teu enleio.

De Deus, não bastará ter seu perdão…

Fui eu quem te deixou em aflição,

Te fiz tornar errante, desvalida.

Tudo… por ti sentir sofreguidão,

De cada vez que pedes atenção,

Sem nada me dizer entristecida!

André Rodrigues 30/6/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 06/07/2014
Código do texto: T4872120
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