Cacos de vidro
Na boemia és poeta, vate, amante!
Tens sua alegria em bolhas de sabão,
Ludibriando os olhos, mas, todas hão
De estourar um dia em simplório instante.
Então, cairás em abismo pútrido
Rasgando enfim, a venda ilusória!
Entenderás ao fim da história...
Diamantes não são cacos de vidro!
Da vida, hás-de gozar um tanto,
Com mulheres de lúbrico encanto;
Frutos da noite... Amor passageiro!
Quando perder esse lúdico manto,
A dor reinará sobre seu pranto...
A perda de um amor verdadeiro.