Além da morte está o rumo certo
Vivi! Morri! A terra se enfartou
Dos ossos meus de espírito imortal,
Tinha o amargo sabor dos vermes loucos
Que caminhavam pela minha boca.
A cobra em minha vida tinha a força
Dum sangue envenenado pelo mal,
Como se o bem não fosse a luz do mundo
Dos Deuses caçadores dos espíritos!
Tomei a tal bebida de água pura,
Para depois da morte eu respirar
Da alma a cura dos mortos em pecados.
Assim vi que do além obtive alguma
Coisa que me matou o sangue podre,
Quando descobri na alma o rumo certo.
Ângelo Augusto