O reflexo de Narciso

Viu na imensidão da água límpida

A imagem que lhe daria sentido

Naquela hora demasiada vívida

Sem saber que estaria perdido

Olhou bem fundo no belo reflexo

Extasiado em sua beleza atroz

Nem percebeu como ficou perplexo

A insensatez lhe caiu leve e veloz

Inebriado pelo belo homem que via

Liberou o desejo que então reprimia

E jogou-se na água, se afogando

Assim também somos, como Narciso

Neste nosso vil desejo, tão indeciso

Na vida, mas aos poucos nos matando

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 04/07/2014
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